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Se tem um assunto que nunca sai de pauta, é a obesidade. Mas muita gente ainda enxerga a condição de forma simplista, resumindo tudo a peso e força de vontade. A realidade é bem diferente.
O Dia Mundial da Obesidade de 2025 traz uma provocação necessária: precisamos parar de responsabilizar apenas o indivíduo e olhar para os sistemas que impactam a saúde de milhões de pessoas. O acesso à alimentação equilibrada, as políticas públicas, as condições de trabalho e até a forma como a obesidade é diagnosticada influenciam diretamente esse cenário.
E por falar em diagnóstico, esse é um ponto de virada importante: um novo relatório publicado na revista The Lancet propõe uma abordagem mais detalhada, para além do IMC (índice de massa corporal), diferenciando obesidade pré-clínica e obesidade clínica para direcionar tratamentos mais assertivos e reduzir o estigma que muitas pessoas enfrentam.
A obesidade não é um problema isolado. De acordo com dados do World Obesity Day, nos próximos anos, o número de pessoas vivendo com essa condição continuará crescendo, trazendo desafios para a saúde pública e para a qualidade de vida de milhões de pessoas. Segundo estimativas recentes:
Na prática, esses números significam que a obesidade está diretamente relacionada ao aumento de casos de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão e até alguns tipos de câncer. Ou seja, quanto mais a obesidade avança, maior o risco de complicações que afetam a saúde e a longevidade da população.
Olhando para essa realidade, fica evidente que não basta falar apenas sobre perda de peso – é preciso investir em medidas que ajudem a prevenir e tratar a obesidade de maneira mais eficiente. Isso inclui mudanças no acesso à informação, na forma como os alimentos são produzidos e comercializados, e no apoio à saúde das pessoas que vivem com obesidade.
A obesidade sempre foi medida principalmente pelo Índice de Massa Corporal (IMC), mas especialistas alertam que essa abordagem pode não ser suficiente para avaliar corretamente os impactos da obesidade na saúde. Um estudo publicado em janeiro de 2025 no The Lancet Diabetes & Endocrinology propõe uma nova forma de definir e diagnosticar a obesidade clínica, levando em conta não apenas o excesso de peso, mas também os danos que ele pode causar ao funcionamento dos órgãos e tecidos do corpo.
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Os pesquisadores diferenciaram dois tipos de obesidade:
O estudo sugere que o IMC não deve ser usado isoladamente para definir se uma pessoa tem obesidade ou não. Em vez disso, os especialistas recomendam uma avaliação mais detalhada, que pode incluir:
Para casos de obesidade mais severa (IMC acima de 40 kg/m²), o diagnóstico pode ser feito sem necessidade de exames adicionais, pois o excesso de gordura já é evidente.
A redefinição da obesidade como uma doença crônica que compromete o funcionamento do corpo tem um impacto importante na forma como a condição deve ser tratada. O estudo reforça que:
A nova definição da obesidade pode transformar a maneira como a condição é tratada, tornando os diagnósticos mais precisos e os tratamentos mais eficazes. Além disso, reforça a necessidade de abordar a obesidade como uma questão de saúde coletiva, e não apenas como um problema individual. O estudo foi amplamente aceito por especialistas, com 76 organizações científicas e grupos de apoio ao redor do mundo endossando suas recomendações.
Durante muito tempo, a obesidade foi tratada como um problema individual, associado apenas a hábitos e escolhas pessoais. No entanto, essa visão é limitada e não abrange a complexidade da doença. A obesidade é influenciada por múltiplos fatores, incluindo genética, ambiente, acesso à alimentação saudável, estresse, sono inadequado e até políticas públicas. Para combatê-la é necessário agir em diferentes frentes.
Em muitos lugares, alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar são mais baratos e acessíveis do que opções naturais e nutritivas. Ambientes urbanos sem infraestrutura adequada também reduzem a possibilidade de atividades físicas regulares. Diante disso, governos e instituições de saúde precisam criar políticas que incentivem escolhas mais saudáveis, como:
Médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos são indispensáveis no diagnóstico e tratamento da obesidade. Uma das maiores barreiras é garantir que os pacientes recebam acompanhamento adequado, considerando todos os fatores, como o peso, a saúde metabólica, as condições clínicas e a qualidade de vida.
Isso inclui:
Embora a obesidade tenha causas multifatoriais, pequenas mudanças no dia a dia podem fazer diferença na saúde geral. O que pode ajudar:
Isso ajuda a mudar o olhar de que a obesidade pode ser combatida apenas com força de vontade individual e demonstra que ela precisa ser vista como uma questão de saúde pública.
Tratar a obesidade exige ciência, acesso e respeito. Não se trata apenas de escolhas individuais, mas de um problema de saúde pública que precisa ser abordado sem preconceitos.
A Belt Nutrition acredita que informação e suporte adequado fazem a diferença. Há mais de 10 anos nós trabalhamos para oferecer soluções nutricionais que ajudam pessoas a cuidar da saúde de forma prática e baseada em ciência.
No Dia Mundial da Obesidade, reforçamos nosso compromisso com uma abordagem responsável, sem culpabilização. A saúde deve estar ao alcance de todos.
RUBINO, Francesco et al. Definition and diagnostic criteria of clinical obesity. The Lancet Diabetes & Endocrinology, v. 13, n. 3, p. 221-262, 2025. DOI: 10.1016/S2213-8587(24)00316-4.
WORLD OBESITY DAY. Disponível em: https://www.worldobesityday.org/. Acesso em: 28 fev. 2025.
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