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Pela primeira vez, a obesidade infantil superou a desnutrição no mundo: uma em cada dez crianças e adolescentes em idade escolar (cerca de 188 milhões de jovens), vive com obesidade. Segundo o relatório de 2025 da UNICEF, 9,4% das pessoas entre 5 e 19 anos têm obesidade, enquanto 9,2% têm baixo peso. Esse marco não significa que a desnutrição tenha desaparecido, pelo contrário, ela convive com o excesso de peso e a chamada fome oculta (deficiências de vitaminas e minerais). As três faces da má nutrição exigem atenção simultânea.
A obesidade é reconhecida pela ciência como doença crônica, multifatorial. Na Belt Nutrition, reforçamos esse entendimento e tratamos a obesidade infantil como tema de saúde pública e de responsabilidade compartilhada por famílias, escolas, profissionais de saúde, poder público, empresas e mídia. Nosso compromisso, há anos, é informar sem estigmas e apoiar debates que protejam a infância.
Este conteúdo nasce desse compromisso: contextualizar a notícia, trazer elementos para uma conversa responsável e indicar caminhos possíveis no cotidiano, sem culpabilizar famílias e sem prometer atalhos. Cuidar da infância pede rede de apoio, informação correta e mudanças consistentes.
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Quando a obesidade ultrapassa o baixo peso entre crianças e adolescentes, a conversa precisa mudar. A discussão deixa de girar apenas em torno de escolhas individuais e passa a olhar para os ambientes que influenciam as crianças. Ignorar esses fatores alimenta o estigma de que bastaria “força de vontade” para resolver um problema que é, na verdade, de saúde pública.
O avanço da obesidade infantil não é fruto de um único fator. Entre os principais motivos estão:
Os dados da UNICEF mostram um quadro diverso: em algumas ilhas do Pacífico, a obesidade em jovens passa de 30%, enquanto países mais ricos registram índices entre 20% e 30%. Já África Subsaariana e Sul da Ásia ainda enfrentam mais casos de baixo peso do que de obesidade. Acesse os dados, aqui.
No Brasil, a realidade acompanha a tendência global. O Ministério da Saúde aponta que a obesidade entre crianças e adolescentes de 5 a 19 anos passou de 5% em 2000 para 15% em 2022, enquanto o sobrepeso subiu de 18% para 36%. Para crianças de 5 a 9 anos, cerca de 13% já têm obesidade. Em 2020, mais de 39 milhões de crianças menores de cinco anos no mundo estavam acima do peso. Se nada mudar, a obesidade infantil pode dobrar até 2035.
No início de 2025, a The Lancet Diabetes & Endocrinology Commission publicou um relatório que define o que é obesidade clínica e como diagnosticá-la em todas as idades, com um capítulo específico para crianças e adolescentes. Em síntese, aponta que:
Agir cedo reduz a chance de a doença avançar para a vida adulta e diminui os riscos. O cuidado deve ser multiprofissional e sem estigma: famílias, escolas e profissionais lado a lado.
A obesidade infantil está associada a uma série de problemas físicos e emocionais. Entre os efeitos mais comuns estão:
Cuidar em casa e na escola funciona, mas para que isso seja viável para todas as famílias, precisamos de regras e apoios públicos que mudem o ambiente. A UNICEF sugeriu oito frentes para criar condições de escolhas mais saudáveis no dia a dia.
O avanço da obesidade infantil sobre a desnutrição em 2025 é um alerta sério. Ele expõe a urgência de transformar nossos ambientes alimentares, repensar políticas e fortalecer redes de apoio. A prevenção é construída no dia a dia, com escolhas e hábitos que começam em casa e se expandem para escolas, empresas e governos.
A Belt Nutrition continuará acompanhando de perto esse tema, oferecendo informações baseadas em evidências e ferramentas práticas para famílias e profissionais. Ao atuar de forma conjunta e sem estigmas, podemos promover uma infância mais saudável e abrir caminhos para um futuro em que comer bem seja um direito, não um privilégio.
UNICEF. Pela primeira vez, obesidade supera a desnutrição globalmente entre crianças e adolescentes em idade escolar [Internet]. Brasília (DF): UNICEF Brasil; 9 set. 2025 [citado em 11 set. 2025]. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/pela-primeira-vez-obesidade-supera-desnutricao-globalmente-entre-criancas-e-adolescentes-em-idade-escolar
RUBINO, Francesco; CUMMINGS, David E.; ECKEL, Robert H.; COHEN, Ricardo V.; WILDING, John P. H.; BROWN, Wendy A.; et al. Definition and diagnostic criteria of clinical obesity. The Lancet Diabetes & Endocrinology, v. 13, n. 3, p. 221–262, 2025. DOI: 10.1016/S2213-8587(24)00316-4. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/landia/article/PIIS2213-8587(24)00316-4/fulltext
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