Dieta Low Carb: o que é, como fazer, alimentos permitidos e cardápio

Dieta Low Carb: o que é, como fazer, alimentos permitidos e cardápio

Você já tentou cortar o açúcar, trocar o pão por tapioca ou reduzir a quantidade de arroz no prato, mas ficou perdido sobre o que comer no lugar? A dieta low carb pode ser a resposta.

Muito mais do que uma moda passageira, essa dieta foca na redução estratégica dos carboidratos, priorizando proteínas, gorduras boas e vegetais para manter a energia estável e facilitar o emagrecimento.

Seja para perder peso, controlar o apetite ou melhorar a saúde metabólica, entender como funciona a dieta low carb, quais alimentos incluir e como montar refeições equilibradas é essencial para ter resultados reais. Neste guia completo você vai descobrir tudo o que precisa para começar – sem complicações e com sugestões práticas para o dia a dia.

O que é a dieta low carb?

A dieta low carb é um modelo alimentar que reduz o consumo de carboidratos e prioriza proteínas, gorduras boas e vegetais com baixo teor de carboidratos. Diferente de dietas tradicionais, que costumam ser baseadas em grãos e açúcares, a low carb busca manter os níveis de insulina mais estáveis e estimular o corpo a utilizar a gordura como fonte de energia.

Embora não exista uma regra fixa sobre a quantidade exata de carboidratos na dieta low carb, a maioria das abordagens recomenda um consumo entre 20% e 40% das calorias diárias vindas de carboidratos. Isso equivale a algo entre 50g e 130g de carboidratos por dia, dependendo do objetivo e do nível de restrição adotado.

Low carb, cetogênica, carnívora e outras dietas com restrição de carboidratos: quais as diferenças?

A low carb é um conceito amplo e pode incluir diferentes variações de dietas que reduzem os carboidratos. Veja as principais diferenças:

  • Dieta Low Carb tradicional: redução moderada de carboidratos, permitindo de 50g a 130g por dia. Pode incluir pequenas porções de frutas, tubérculos e laticínios.
  • Dieta Cetogênica (Keto): versão mais extrema da low carb, com ingestão de menos de 50g de carboidratos por dia, levando o corpo a entrar em cetose (estado metabólico em que a gordura se torna a principal fonte de energia).
  • Dieta Carnívora: abordagem ainda mais restritiva, onde o consumo é baseado exclusivamente em alimentos de origem animal, eliminando totalmente carboidratos e vegetais. O objetivo da dieta carnívora é maximizar a ingestão de proteínas e gorduras, promovendo saciedade extrema e controle glicêmico.
  • Dieta Paleo: semelhante à low carb, mas baseada em alimentos naturais, evitando industrializados e grãos processados. Permite tubérculos e frutas, mas exclui laticínios e cereais.
  • Dieta Atkins: segue fases progressivas de restrição de carboidratos, começando com um consumo muito baixo e aumentando gradualmente.

A principal diferença entre essas abordagens é o nível de restrição de carboidratos e os objetivos nutricionais. A dieta low carb tradicional é mais flexível e pode ser adaptada ao longo do tempo, enquanto a cetogênica e a carnívora são mais rígidas e voltadas para quem busca queima acelerada de gordura, controle metabólico e maior consumo de proteínas e gorduras.

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Dieta Low Carb o que pode comer

Como funciona a dieta low carb no corpo?

A dieta low carb altera a forma como o corpo utiliza a energia, reduzindo a dependência dos carboidratos e aumentando o uso das gorduras como combustível. Essa mudança traz impactos diretos na insulina, no metabolismo da glicose e no processo de queima de gordura.

Impacto na insulina e na glicose

Os carboidratos são a principal fonte de glicose para o organismo. Quando ingerimos pães, massas, arroz, doces e outros alimentos ricos em carboidratos, os níveis de glicose no sangue aumentam, levando o pâncreas a liberar insulina, um hormônio responsável por transportar essa glicose para as células.

Na dieta low carb, a ingestão de carboidratos é reduzida, o que leva a uma queda nos níveis de glicose e, consequentemente, na liberação de insulina. Esse processo tem diversos benefícios:

  • Menor acúmulo de gordura: a insulina é um hormônio anabólico, ou seja, quando está em alta, favorece o armazenamento de gordura. Com a redução dos picos de insulina, o corpo passa a estocar menos gordura.
  • Maior estabilidade glicêmica: sem grandes oscilações de glicose no sangue, há menos episódios de fome repentina e compulsão alimentar.
  • Melhora da sensibilidade à insulina: a redução da ingestão de carboidratos pode ajudar no controle da resistência à insulina, sendo um benefício para diabéticos e pessoas com síndrome metabólica.

Como a queima de gordura é estimulada?

Com menos glicose disponível, o corpo precisa buscar outras fontes de energia. O organismo começa a usar as gorduras estocadas como combustível, promovendo um estado chamado lipólise (quebra da gordura para geração de energia). Esse processo é um dos grandes responsáveis pela perda de peso observada em quem adota a dieta low carb.

Outro fator importante é o aumento da produção de cetonas, compostos gerados pelo fígado a partir da gordura. Elas servem como uma fonte alternativa de energia, especialmente para o cérebro, e ajudam a manter o funcionamento do organismo mesmo com a baixa ingestão de carboidratos.

Adaptação do organismo à redução de carboidratos

Nos primeiros dias da dieta low carb, o corpo passa por um período de adaptação. Essa transição pode gerar alguns efeitos temporários, como cansaço, dores de cabeça e tontura, sintomas conhecidos como "gripe low carb". Isso ocorre porque o organismo está se ajustando a utilizar a gordura como principal fonte de energia, algo que leva alguns dias para se tornar eficiente.

Com a adaptação completa, o corpo entra em um estado chamado flexibilidade metabólica, onde se torna mais eficiente na conversão de gorduras em energia, reduzindo a dependência dos carboidratos e proporcionando mais energia estável ao longo do dia.

Quais são os benefícios da dieta low carb?

A dieta low carb oferece diversos benefícios para a saúde, indo além da perda de peso. Ao reduzir o consumo de carboidratos e priorizar proteínas e gorduras boas, o corpo passa por mudanças metabólicas que impactam fome, saciedade, controle glicêmico e saúde cardiovascular.

Emagrecimento e controle de peso

Um dos principais motivos que levam as pessoas a adotar a dieta low carb é o emagrecimento. A redução de carboidratos e a priorização de proteínas e gorduras promovem um estado metabólico onde o corpo utiliza a gordura estocada como fonte de energia, favorecendo a perda de peso.

Redução da fome e maior saciedade

Diferente de dietas com alto consumo de carboidratos refinados, que geram picos e quedas rápidas de glicose no sangue, a low carb proporciona uma saciedade prolongada. Isso acontece porque alimentos ricos em proteínas e gorduras boas levam mais tempo para serem digeridos, mantendo a fome sob controle por mais tempo.

Pessoas que seguem a dieta low carb costumam relatar menor necessidade de lanches entre as refeições e menos episódios de fome intensa, o que facilita a adesão ao plano alimentar e reduz a ingestão calórica diária sem esforço.

Controle do açúcar no sangue (ideal para diabéticos)

A ingestão reduzida de carboidratos leva a uma melhora significativa no controle glicêmico, o que faz da dieta low carb uma estratégia eficaz para diabéticos e pessoas com resistência à insulina.

Os principais benefícios nesse contexto incluem:

  • Menos variações nos níveis de glicose no sangue.
  • Redução da necessidade de insulina e medicamentos em muitos casos.
  • Maior sensibilidade à insulina, prevenindo complicações metabólicas.

Estudos mostram que a dieta low carb pode ser eficaz no controle do diabetes tipo 2, ajudando a estabilizar os níveis de glicose e, em alguns casos, permitindo a redução da medicação sob orientação médica.

Redução da inflamação e melhora da saúde metabólica

O excesso de carboidratos refinados e açúcares na alimentação está diretamente ligado a processos inflamatórios no organismo. Ao reduzir esses alimentos, a dieta low carb contribui para a diminuição da inflamação crônica, que está associada a doenças metabólicas, cardiovasculares e até problemas articulares.

A alimentação baseada em proteínas, gorduras saudáveis e vegetais também fornece antioxidantes e nutrientes essenciais, que auxiliam no combate ao estresse oxidativo e na proteção celular.

Melhora do perfil lipídico (colesterol e triglicerídeos)

Ao contrário do que se acreditava no passado, a dieta low carb pode trazer melhorias no perfil lipídico, ajudando a equilibrar os níveis de colesterol e triglicerídeos.

Os efeitos mais comuns incluem:

  • Aumento do HDL (colesterol "bom").
  • Redução dos triglicerídeos, que estão associados ao risco de doenças cardiovasculares.
  • Melhoria na proporção entre LDL e HDL, favorecendo a saúde do coração.

É importante destacar que a resposta ao consumo de gorduras na dieta pode variar de pessoa para pessoa. Por isso, a adoção da low carb deve ser acompanhada por um profissional de saúde, especialmente para quem tem histórico de colesterol alto ou problemas cardiovasculares.

Alimentos permitidos e proibidos na dieta low carb

A escolha dos alimentos na dieta low carb é fundamental para garantir que o organismo receba todos os nutrientes necessários, ao mesmo tempo em que mantém o consumo de carboidratos dentro do limite adequado. O foco deve estar em alimentos naturais, ricos em proteínas, gorduras saudáveis e vegetais de baixo amido.

Lista de alimentos permitidos na dieta low carb

A dieta low carb prioriza alimentos que oferecem energia e saciedade sem aumentar os níveis de glicose no sangue. Entre os principais grupos de alimentos permitidos estão:

Proteínas

  • Carnes vermelhas (bovina, suína, cordeiro).
  • Aves (frango, peru, pato).
  • Peixes e frutos do mar (salmão, tilápia, atum, camarão, mexilhão).
  • Ovos (inteiros, caipiras ou convencionais).
  • Laticínios com baixo teor de carboidratos (queijos curados, creme de leite, iogurte natural sem açúcar).

Gorduras boas

  • Azeite de oliva extravirgem.
  • Manteiga e ghee (manteiga clarificada).
  • Abacate e óleo de abacate.
  • Oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, macadâmia, pistache).
  • Óleo de coco e leite de coco.

Vegetais low carb

  • Folhosos (alface, rúcula, agrião, espinafre, couve).
  • Crucíferos (brócolis, couve-flor, repolho, couve-de-bruxelas).
  • Abobrinha, berinjela, chuchu, quiabo, pepino.
  • Cogumelos (shitake, shimeji, champignon).

Esses alimentos são a base de uma alimentação low carb equilibrada e garantem um aporte adequado de proteínas, fibras e gorduras essenciais.

Alimentos a evitar

Na low carb, os carboidratos refinados e os alimentos ultraprocessados devem ser eliminados ou reduzidos ao máximo. Entre os principais itens que devem ser evitados estão:

Açúcares e doces

  • Açúcar refinado, mascavo, demerara.
  • Mel, xaropes e adoçantes artificiais com alto índice glicêmico.
  • Balas, chocolates com açúcar, geleias, sobremesas processadas.

Grãos e farináceos

  • Arroz branco, arroz integral, milho e derivados.
  • Trigo e seus derivados (pães, massas, bolos, biscoitos).
  • Cereais matinais e barras de cereal.

Leguminosas com alto teor de carboidratos

  • Feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico.
  • Soja e derivados processados.

Ultraprocessados e industrializados

  • Embutidos com aditivos químicos (salsicha, presunto, mortadela).
  • Fast food, salgadinhos industrializados, congelados prontos.
  • Refrigerantes, sucos industrializados e bebidas alcoólicas com alto teor de açúcar.

A retirada desses alimentos ajuda a estabilizar os níveis de insulina, reduzir inflamações e acelerar o processo de emagrecimento.

Dieta Low Carb o que pode tomar

Dieta low carb emagrece mesmo?

Sim, a dieta low carb favorece a perda de peso. Isso ocorre por vários motivos:

  1. Redução da insulina: com menos carboidratos na dieta, há menor liberação de insulina, o que reduz o acúmulo de gordura.
  2. Maior queima de gordura: o corpo passa a utilizar as reservas de gordura como principal fonte de energia.
  3. Aumento da saciedade: alimentos ricos em proteínas e gorduras boas mantêm a fome controlada por mais tempo.
  4. Diminuição da retenção de líquidos: a redução de carboidratos leva à eliminação do excesso de líquidos, contribuindo para um peso mais equilibrado.

Dieta low carb para diferentes públicos

A dieta low carb pode ser adaptada para atender diferentes necessidades, desde o pós-operatório bariátrico até o alto rendimento esportivo.

Low carb para bariátricos

Pessoas que passaram por cirurgia bariátrica precisam de uma alimentação equilibrada para garantir a recuperação e a manutenção da massa magra. A dieta low carb pode ser adaptada para esse público, desde que:

  • O consumo de proteínas seja priorizado, garantindo uma boa ingestão para evitar perda muscular.
  • A alimentação seja fracionada e de fácil digestão, especialmente nos primeiros meses após a cirurgia.
  • O uso de suplementos proteicos seja avaliado por um profissional para evitar déficits nutricionais.

A low carb pode ser uma excelente estratégia para bariátricos, desde que bem planejada e acompanhada por um nutricionista.

Low carb para atletas

Para quem pratica atividades físicas, a dieta low carb pode ser uma boa alternativa na alimentação, desde que alguns ajustes sejam feitos para garantir energia e recuperação muscular.

Os principais pontos de atenção incluem:

  • Ajustar a ingestão de proteínas e gorduras boas, garantindo aporte energético suficiente.
  • Avaliar a necessidade de uma abordagem "low carb cíclica", onde há um consumo maior de carboidratos em dias de treinos intensos.
  • Garantir a reposição de eletrólitos (sódio, potássio, magnésio) para evitar fadiga e cãibras.

Como montar um cardápio low carb?

É possível montar um cardápio low carb com refeições saborosas, nutritivas e variadas. O segredo é priorizar proteínas de qualidade, gorduras boas e vegetais com baixo teor de carboidratos, garantindo uma alimentação completa e satisfatória.

Dicas práticas para montar refeições equilibradas

Para estruturar um cardápio low carb eficiente, leve em consideração os seguintes princípios:

  • Priorize proteínas de alta qualidade: carnes, peixes, ovos e laticínios ajudam na saciedade e preservação da massa muscular.
  • Inclua gorduras saudáveis: azeite de oliva, abacate, castanhas e manteiga são essenciais para fornecer energia na ausência de carboidratos.
  • Escolha vegetais com baixo teor de carboidratos: brócolis, couve-flor, abobrinha, espinafre e cogumelos são ótimas opções.
  • Evite ultraprocessados: prefira alimentos naturais e minimamente processados.
  • Beba bastante água: manter-se hidratado é fundamental para evitar sintomas como fadiga e dores de cabeça nos primeiros dias de adaptação.

Exemplo de cardápio semanal low carb

Aqui está um modelo de cardápio low carb para uma semana, com refeições balanceadas e variadas:

Segunda-feira

  • Café da manhã: omelete com queijo e abacate.
  • Almoço: filé de frango grelhado com brócolis refogado e azeite de oliva.
  • Jantar: peixe assado com salada de folhas e castanhas.

Terça-feira

  • Café da manhã: iogurte natural com castanhas e coco ralado.
  • Almoço: carne bovina grelhada com purê de couve-flor.
  • Jantar: omelete com cogumelos e queijo parmesão.

Quarta-feira

  • Café da manhã: panqueca low carb de ovos e farinha de amêndoas.
  • Almoço: peito de frango ao molho de ervas com salada de folhas e tomate.
  • Jantar: sopa de abóbora com carne desfiada.

Quinta-feira

  • Café da manhã: ovos mexidos com bacon e café sem açúcar.
  • Almoço: tilápia grelhada com abobrinha refogada na manteiga.
  • Jantar: queijo branco com castanhas e azeite de oliva.

Sexta-feira

  • Café da manhã: crepioca de queijo e ervas.
  • Almoço: bife bovino com couve refogada e azeite.
  • Jantar: caldo de ossos com legumes low carb.

Sábado

  • Café da manhã: vitamina de abacate com leite de coco.
  • Almoço: frango ao curry com brócolis e castanhas.
  • Jantar: omelete com queijo e cogumelos salteados.

Domingo

  • Café da manhã: café com creme de leite e ovos cozidos.
  • Almoço: peixe grelhado com legumes assados e azeite.
  • Jantar: salada de folhas com frango desfiado e molho de iogurte.

Esse cardápio é apenas uma sugestão com as refeições principais e pode ser ajustado conforme preferências e necessidades individuais.

Como fazer substituições inteligentes?

Fazer substituições inteligentes permite que a dieta low carb seja adaptável e possível de manter por um longo período. Veja algumas trocas que podem facilitar a adaptação:

  • Pão tradicional → pão low carb (feito com farinha de amêndoas, coco ou linhaça).
  • Arroz branco → arroz de couve-flor (versão low carb rica em fibras e nutrientes).
  • Massas tradicionais → macarrão de abobrinha ou palmito.
  • Batata → purê de couve-flor (textura similar e muito saboroso).
  • Açúcar → adoçantes naturais (stevia, eritritol, taumatina).
  • Refrigerantes e sucos industrializados → água com gás, chá gelado natural ou café sem açúcar.

Dieta Low Carb - Vitaminas

Suplementação na dieta low carb

A dieta low carb pode ser altamente nutritiva quando bem planejada, mas algumas adaptações podem ser necessárias para garantir que o organismo receba todos os nutrientes essenciais. Como há uma redução significativa no consumo de certos grupos alimentares, a suplementação pode ser útil para evitar déficits nutricionais e melhorar a adaptação do corpo à nova alimentação.

Entre os principais desafios estão:

  • Perda de eletrólitos devido à menor retenção de líquidos.
  • Possível redução da ingestão de fibras, impactando o trânsito intestinal.
  • Necessidade de proteínas adequadas para preservar a massa muscular.
  • Menor ingestão de ácidos graxos essenciais, se a dieta não for bem equilibrada.

Nutrientes que podem precisar de atenção especial na low carb

Eletrólitos (sódio, potássio e magnésio) – essenciais para evitar fadiga e cãibras

Na fase inicial da dieta low carb, o corpo elimina mais líquidos, o que pode levar à redução dos níveis de sódio, potássio e magnésio. A falta desses eletrólitos pode causar sintomas como fadiga, tontura, dores de cabeça e cãibras musculares.

Fontes naturais:

  • Sal rosa do Himalaia ou sal marinho.
  • Abacate e folhas verdes (ricos em potássio).
  • Nozes e sementes (fontes de magnésio).

Suplementação recomendada:
Se a alimentação não for suficiente para repor esses eletrólitos, suplementos de magnésio e potássio podem ser uma opção segura para evitar o "efeito colateral" da adaptação à low carb.

Proteínas de alta qualidade – fundamentais para manter a massa muscular

Como a dieta low carb prioriza proteínas, é importante garantir que o consumo seja suficiente para preservar a massa magra e evitar o catabolismo muscular. Isso é ainda mais importante para praticantes de exercícios físicos e pessoas que passaram por cirurgia bariátrica.

Fontes naturais:

  • Carnes, peixes, ovos e laticínios com baixo teor de carboidratos.

Suplementação recomendada:

  • Whey Protein: excelente para quem busca uma opção de proteína com alta digestibilidade e baixíssima quantidade de carboidratos por porção.
  • Colágeno Protein: fonte proteica de fácil absorção, auxilia na manutenção da saúde muscular. Ótima alternativa ao whey protein.

Ômega-3 – reduz inflamação e auxilia na saúde cardiovascular

O ômega-3 é um ácido graxo essencial, presente principalmente em peixes e oleaginosas, com importantes funções anti-inflamatórias. Estudos mostram que ele pode melhorar o perfil lipídico, reduzindo triglicerídeos e aumentando o colesterol HDL (bom).

Fontes naturais:

  • Peixes como salmão, sardinha e atum.
  • Sementes de chia e linhaça.

Suplementação recomendada:

Fibras – essenciais para o funcionamento intestinal

A redução de grãos e cereais na dieta low carb pode levar a uma menor ingestão de fibras, o que pode causar constipação em algumas pessoas. Para evitar esse problema, é importante incluir boas fontes de fibras na alimentação.

Fontes naturais:

  • Vegetais como brócolis, couve-flor e abobrinha.
  • Sementes de linhaça e chia.
  • Psyllium, um tipo de fibra solúvel que auxilia na saúde intestinal.

Suplementação recomendada:
Se a ingestão de fibras for insuficiente, um suplemento prebiótico de fibras solúveis como psyllium pode ajudar a manter o funcionamento intestinal regular.

Como escolher suplementos adequados para low carb?

Nem todos os suplementos são compatíveis com a dieta low carb. Muitos produtos no mercado contêm carboidratos em grande quantidade, adoçantes artificiais ou aditivos desnecessários. Para escolher suplementos adequados, siga estas diretrizes:

  • Leia os rótulos com atenção e verifique a quantidade de carboidratos por porção.
  • Prefira opções sem adição de açúcares e adoçantes artificiais que possam causar picos de insulina.
  • Escolha suplementos de qualidade e confiáveis, evitando produtos com muitos aditivos e corantes artificiais.
  • Consulte um profissional de saúde para garantir que a suplementação esteja alinhada às suas necessidades individuais.

Dieta Low Carb ômega 3 e whey protein

Hidratação na dieta low carb

A hidratação adequada é um dos aspectos mais importantes da dieta low carb. Como a redução de carboidratos altera o equilíbrio de líquidos e eletrólitos no organismo, é essencial aumentar a ingestão de água e garantir que os minerais essenciais estejam em níveis adequados.

Por que beber mais água é essencial na low carb?

No início da dieta low carb, muitas pessoas percebem uma redução rápida no peso, o que acontece principalmente devido à eliminação do excesso de líquidos retidos no corpo. Isso ocorre porque o glicogênio – a forma como o corpo armazena carboidratos no fígado e nos músculos – é armazenado junto com moléculas de água. Quando os estoques de glicogênio diminuem, essa água é liberada e eliminada pelos rins.

Esse processo, embora ajude na perda de peso inicial, pode levar à desidratação e desequilíbrio eletrolítico se a ingestão de líquidos não for suficiente. Algumas consequências comuns da baixa hidratação na low carb incluem:

  • Sensação de fadiga e fraqueza.
  • Tontura e dores de cabeça.
  • Boca seca e menor produção de saliva.
  • Prisão de ventre devido à redução na ingestão de fibras solúveis e líquidos.
  • Cãibras musculares causadas pela eliminação de sódio, potássio e magnésio.

Bebidas permitidas e recomendadas na dieta low carb

Além da água, algumas bebidas podem ser aliadas na hidratação e reposição de eletrólitos:

  • Água com limão: melhora a absorção de minerais e ajuda na hidratação.
  • Água de coco (com moderação): fonte natural de potássio e eletrólitos, mas deve ser consumida com cautela devido ao teor de carboidratos.
  • Chás naturais e café sem açúcar: ajudam na hidratação sem interferir na dieta, desde que sem adição de adoçantes artificiais.
  • Caldos e sopas ricas em eletrólitos: caldos caseiros de ossos ou legumes ajudam a repor sódio e minerais perdidos.

Bebidas para evitar na dieta low carb

Nem todas as bebidas são recomendadas na low carb, mesmo que não contenham açúcar. Algumas podem interferir no metabolismo, na regulação da insulina e na retenção de líquidos.

Evite:

  • Refrigerantes diet: apesar de não conterem açúcar, podem conter adoçantes artificiais que aumentam a vontade de consumir doces.
  • Bebidas industrializadas com adoçantes artificiais em excesso: podem afetar negativamente o paladar e a resposta insulínica do corpo.
  • Sucos de frutas: mesmo naturais, contêm alto teor de frutose e podem aumentar os níveis de glicose no sangue.
  • Bebidas alcoólicas com carboidratos: cervejas e drinks açucarados devem ser evitados, pois impactam a cetose e o metabolismo dos lipídios.

Ainda com dúvidas? Veja as perguntas mais frequentes sobre a Dieta Low Carb

O comer na dieta low carb?

Alimentos naturais e ricos em proteínas, gorduras boas e vegetais de baixo amido. Carnes, ovos, queijos, castanhas, azeite e vegetais folhosos são ótimas escolhas.

O que não pode comer na dieta low carb?

Açúcar, farinha, arroz, feijão, pão, massas, doces, refrigerantes e ultraprocessados. Quanto mais natural, melhor.

Pode comer arroz e feijão na dieta low carb?

O arroz tem alto teor de carboidratos e geralmente não é incluído. O feijão pode ser consumido com moderação em versões menos restritas da dieta.

Quais frutas são low carb?

As melhores opções são abacate, morango, coco, maracujá, limão e amora.

Como substituir o pão na dieta low carb?

Dá para fazer pães low carb com farinha de amêndoas, linhaça ou coco. Ovos com queijo também rendem boas receitas.

O que beber na dieta low carb?

Água sempre. Café e chá sem açúcar, água com limão e caldos naturais são boas opções.

O que comer no café da manhã para substituir o carboidrato?

Ovos, queijo, abacate, castanhas, iogurte natural e até panquecas low carb.

O que acontece na primeira semana de low carb?

O corpo elimina líquidos, o que pode causar cansaço e dor de cabeça. Depois disso, a energia melhora e o metabolismo se ajusta.

Pode comer banana na dieta low carb?

A banana tem bastante carboidrato. Se for consumir, prefira metade e encaixe no seu limite diário.

Como substituir o doce na dieta low carb?

Use chocolate 70% cacau, adoçantes naturais (eritritol, stevia) e receitas com ingredientes low carb.

O que comer antes de dormir na dieta low carb?

Ovos cozidos, queijo, castanhas ou iogurte natural são boas opções para não dormir com fome.

E aí, dieta low carb é para você?

A dieta low carb vai muito além de uma dieta da moda para emagrecer. Ela é um protocolo alimentar de apoio na melhora da saúde metabólica, na redução da fome e na estabilidade dos níveis de energia. Além disso, pode ser adaptada para diferentes perfis – desde quem busca perder peso até atletas que querem otimizar a performance.

Seja qual for o seu objetivo, o segredo para ter sucesso na low carb é priorizar alimentos de qualidade, manter uma hidratação adequada e garantir o equilíbrio nutricional. Como vimos, alguns nutrientes podem precisar de atenção especial, e a suplementação pode ser uma excelente estratégia para complementar a alimentação e evitar deficiências.

Se você já segue a dieta low carb e quer garantir uma nutrição completa com os melhores suplementos para apoiar sua rotina, acesse nossa categoria de produtos para pessoas em dieta restritiva.

Agora que você já tem todas as informações sobre low carb, que tal começar a colocar em prática e cuidar da sua saúde?

Referências

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