Climatério e menopausa: o que é, quais os sintomas e idade da mulher

Climatério e menopausa: o que é, quais os sintomas e idade da mulher

Você já sentiu que o corpo parece reagir de maneira diferente conforme o tempo passa? O climatério é uma fase natural da vida que marca a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Durante esse processo, é comum que o metabolismo desacelere, que surjam alterações na disposição e que mudanças na composição corporal se tornem mais evidentes. Esses sinais podem causar preocupação, mas entender o que acontece no corpo durante essa fase é o primeiro passo para cuidar da saúde.

Com o conhecimento certo e as escolhas adequadas, é possível atravessar o climatério com mais equilíbrio, ajustando hábitos e prioridades para atender às novas demandas do corpo. A maneira como você cuida da alimentação, da prática de exercícios e da saúde como um todo pode fazer toda a diferença na forma como você vive essa etapa da vida.

O que é o climatério?

O climatério é a fase de transição na vida da mulher que marca o fim do período reprodutivo e o início de uma nova etapa, quando a produção hormonal pelos ovários começa a diminuir gradualmente. Esse processo ocorre, geralmente, entre os 40 e 65 anos, mas a idade pode variar de mulher para mulher, dependendo de fatores genéticos, estilo de vida e saúde.

A principal característica do climatério é a redução dos hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona, importantes no funcionamento do corpo. Essas mudanças hormonais afetam diretamente o metabolismo, o equilíbrio emocional e até a saúde óssea, resultando em sinais como alterações no ciclo menstrual, ondas de calor, insônia, cansaço e mudanças na composição corporal, como perda de massa muscular e aumento de gordura.

Suplemento para menopausa e climatério

Climatério e menopausa: qual a diferença?

Embora sejam frequentemente confundidos, climatério e menopausa não são sinônimos. O climatério é o período de transição, que inclui a perimenopausa (quando os primeiros sintomas aparecem) e a pós-menopausa (quando os sintomas persistem após a interrupção definitiva da menstruação). Já a menopausa é um marco dentro desse processo, definido quando a mulher completa 12 meses consecutivos sem menstruar.

Quais são os sintomas do climatério?

Os sintomas do climatério são causados principalmente pela redução gradual dos níveis hormonais, como o estrogênio e a progesterona. Essas mudanças podem afetar o corpo e a mente de maneiras diversas, e cada mulher pode vivenciar essa fase de forma única. Enquanto algumas sentem apenas sinais leves, outras enfrentam sintomas mais intensos que impactam a rotina.

Sintomas mais comuns do climatério:

  • Ondas de calor: uma das manifestações mais frequentes, caracterizada por sensações repentinas de calor intenso, geralmente acompanhadas de suor excessivo e rubor facial.
  • Insônia e distúrbios do sono: dificuldade para adormecer ou manter o sono, o que pode levar a cansaço e irritabilidade durante o dia.
  • Alterações no humor: ansiedade, irritação e até episódios de depressão podem surgir devido às flutuações hormonais.
  • Ganho de peso: o metabolismo mais lento favorece o acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal.
  • Perda de massa muscular: a redução hormonal afeta a capacidade do corpo de preservar músculos, resultando em maior fragilidade física.
  • Secura vaginal e desconforto: causados pela diminuição do estrogênio, afetando a lubrificação natural.
  • Diminuição da libido: alterações hormonais podem reduzir o desejo sexual.
  • Queda de cabelo e alterações na pele: perda de elasticidade, ressecamento e afinamento da pele são comuns.

Climatério: em que idade começa?

O climatério geralmente tem início entre os 40 e 50 anos, mas a idade em que essa fase começa pode variar de mulher para mulher. Alguns fatores, como predisposição genética, estilo de vida e condições de saúde, podem influenciar o momento exato em que ocorrem as primeiras mudanças hormonais.

Por que a idade do climatério varia?

  • Genética: mulheres cujas mães ou avós passaram pelo climatério mais cedo podem ter um padrão semelhante.
  • Estilo de vida: fatores como alimentação, nível de atividade física, tabagismo e estresse podem antecipar ou retardar o início do climatério.
  • Condições de saúde: doenças autoimunes, tratamentos como quimioterapia ou radioterapia, e até cirurgias ginecológicas podem afetar a idade de início.

Quanto tempo dura o climatério?

O climatério não tem uma duração fixa, mas pode se estender por 10 a 15 anos. Ele engloba três fases principais:

  1. Perimenopausa: começa anos antes da menopausa e é marcada por alterações no ciclo menstrual e sintomas iniciais como ondas de calor e insônia.
  2. Menopausa: o marco que ocorre quando a mulher completa 12 meses consecutivos sem menstruar.
  3. Pós-menopausa: período que se inicia após a menopausa, quando os sintomas podem continuar ou diminuir gradualmente.

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Por que o climatério afeta o metabolismo e os músculos?

Durante o climatério, a queda nos níveis de estrogênio desencadeia uma série de mudanças no corpo que afetam o metabolismo e a composição muscular. Esse hormônio, além de atuar na regulação do ciclo menstrual, também influencia diretamente o funcionamento metabólico, a distribuição de gordura e a manutenção da massa muscular.

Como o estrogênio impacta o metabolismo?

O estrogênio ajuda a regular o gasto energético e a sensibilidade à insulina, ambos essenciais para o equilíbrio metabólico. Com a redução desse hormônio no climatério, o corpo tende a:

  • Desacelerar o metabolismo basal: isso significa que o corpo queima menos calorias em repouso, facilitando o ganho de peso.
  • Aumentar o acúmulo de gordura abdominal: a redistribuição de gordura torna-se mais evidente, com maior armazenamento na região central do corpo.
  • Alterar a resposta à insulina: o risco de resistência à insulina aumenta, dificultando o controle dos níveis de glicose no sangue.

Por que a massa muscular é afetada?

O estrogênio também contribui para a síntese e preservação de massa muscular. Com sua redução, o corpo perde a capacidade de regenerar músculos com a mesma eficiência, resultando em:

  • Perda de massa muscular (sarcopenia): ocorre de forma mais acelerada, levando à redução da força e aumento da fragilidade.
  • Diminuição da taxa metabólica: como o tecido muscular queima mais calorias que o tecido gorduroso, a perda de músculos agrava ainda mais o metabolismo lento.

O que pode ser feito?

Para mitigar esses efeitos, é fundamental adotar medidas que atuem em diferentes aspectos da saúde:

  1. Alimentação balanceada:
    • Priorize alimentos ricos em proteínas magras (como peixes, frango e leguminosas), que auxiliam na manutenção muscular.
    • Inclua fontes de gorduras boas (abacate, azeite) e carboidratos complexos (batata-doce, quinoa) para fornecer energia de forma estável.
  2. Exercícios físicos:
    • Treinos de força são indispensáveis para preservar e recuperar a massa muscular.
    • Atividades aeróbicas ajudam a controlar o peso e melhorar a saúde cardiovascular.
  3. Suplementação:
    • Proteínas (como whey protein ou suplementos de proteínas completas) ajudam na recuperação e no ganho muscular, especialmente em dietas com aporte proteico insuficiente.
    • Vitaminas e minerais, como cálcio e vitamina D, são essenciais para manter a saúde óssea e muscular.
    • Aminoácidos essenciais podem complementar a dieta e contribuir para a preservação da massa muscular em situações de maior desgaste.

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Climatério: uma nova fase, novos cuidados

O climatério não precisa ser encarado como um período de limitações, mas sim como uma oportunidade para priorizar a saúde e ajustar os cuidados às novas demandas do corpo. Mudanças hormonais podem trazer desafios, mas também abrem espaço para o autocuidado, que traz bem-estar e vitalidade.

Ao equilibrar uma alimentação nutritiva, exercícios regulares e suplementação adequada, é possível lidar com os impactos dessa fase de forma mais leve e positiva.

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Referências

Orchard T, Yildiz V, Steck SE, Hébert JR, Ma Y, Cauley JA, Li W, Mossavar-Rahmani Y, Johnson KC, Sattari M, LeBoff M, Wactawski-Wende J, Jackson RD. Dietary Inflammatory Index, Bone Mineral Density, and Risk of Fracture in Postmenopausal Women: Results From the Women's Health Initiative. J Bone Miner Res. 2017 May;32(5):1136-1146. doi: 10.1002/jbmr.3070. Epub 2017 Feb 21. PMID: 28019686; PMCID: PMC5413384.

Moilanen JM, Aalto AM, Raitanen J, Hemminki E, Aro AR, Luoto R. Physical activity and change in quality of life during menopause--an 8-year follow-up study. Health Qual Life Outcomes. 2012 Jan 23;10:8. doi: 10.1186/1477-7525-10-8. PMID: 22269072; PMCID: PMC3311608.

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf



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